quarta-feira, 18 de junho de 2008

O problema com a memória seletiva

Hoje, Violeta amanheceu com algumas flores murchas. Eu fiz o que pude: me senti um fracasso, me repreendi mentalmente e fui tomar uma cerveja. Não, minto. Eu me senti um fracasso, me repreendi mentalmente, ajeitei ela mais ao sol e dei água. O que acontece é que por funções cerebrais que jamais entenderei eu esqueci o quanto de água deveria colocar na terra por dia. Tenho vontade de investigar a questão (do esquecimento, não da planta) com Ivan Izquierdo, mas ele deve estar ocupado dando alguma entrevista, já que é fonte para 10 entre 10 matérias sobre memória no País. Mas divago. Foi assim:

Lembro que eu estava na portaria da Fabico saindo da aula de Comunicação Alternativa e conversando com a Fafá. Ela disse que tinha lido o blog e que para cuidar de uma violeta se deveria dar uma quantidade tal de água dia sim, dia não. Lembro que eu estava ao lado da balcão, ela estava à minha esquerda. Lembro que a professora apareceu para largar a chave da sala. Lembro que ela queria saber onde tinha um Unibanco, lembro até da piada sem graça que eu larguei – pô, professora, depois de uma aula sobre internet tu pergunta para gente ao invés de ir nos site do Unibanco? E ela disse que não costumava pesquisar coisas na internet, o que, pensando agora, não faz muito sentido porque que espécie de pessoa não corre ao Google quando tem uma dúvida, mas, novamente, divago.

Lembro que tem um Unibanco na Venâncio Aires, lembro que a Fafá foi embora para o Dmae, lembro que eu liguei para minha mãe para saber se ela queria que eu comprasse comida antes de ir pra casa, mas nem precisava porque meu pai já estava no super. Lembro que almoçamos lasanha de quatro queijos, lembro até que as bordas queimaram e tivemos que comer só a parte do meio e minha mãe comeu pouco porque o antinflamatório que ela estava tomando causava enjôo. Enfim, eu poderia continuar com uma infinidade de fatos daquele dia, o ponto é que esqueci justamente a única informação relevante que eu deveria ter registrado.

Update: perguntei ao Google. Eis que o meu esquecimento é uma falha na memória declarativa, aquela que registra eventos pontuais (ao contrário da memória de procedimentos, que é a que nos permite lembrar como se dirige, por exemplo). Agora, essas falhas costumam acontecer quando as sinapses estão inibidas, o que, por sua vez, ocorre devido à estimulação excessiva, doenças degenerativas, isquemias ou traumatismos cranianos. Como eu não passei por nenhuma dessas coisas, penso que há algo de errado ou com a teoria do Sr. Ivan, ou com o meu cérebro. Temo um pouco pela resposta.

5 comentários:

luís felipe disse...

o mais curioso é que tu procurou no google as razões da falta de memória, mas não a quantidade de água necessária para a violeta.

aliás, tem um Unibanco no Clínicas.

Julia Dantas disse...

nossa. é. meu deus, como? mais um mistério para ivan izquierdo.

tem, é? eu cheguei a dizer pra professora que tinha banco do brasil no clínicas, mas não lembrei do unibanco. fica lá dentro, só caixa eletrônico?

luís felipe disse...

acho que é uma agência inteira.

parece que esse Ivan Izquierdo que aparece agora é o FILHO do GRANDE Ivan Izquierdo, que está se aproveitando do nome para ganhar mídia. Tipo Cachorro do Rosário. Mas isso soube por fofocas, tão somente.

Julia Dantas disse...

como assim? eu só sei de um ivan izquierdo que é aquele velhinho que faz pesquisas na ufrgs. o filho dele trabalha na mesma área e também saiu por aí dando entrevistas? ou o velhinho é filho de alguém que foi ainda mais famoso? me perdi

luís felipe disse...

tu vê como fofocas são contraditórias. A informação que eu tinha é que o Izquierdo original e mestre havia MORRIDO, e que o filho dele estaria se aproveitando.

mas não, o original ainda está vivo. Ou seja, toda a informação anterior não presta.