terça-feira, 13 de maio de 2008

Sons, ilusões sonoras e música natural

Ok, esqueçam a planta. Ela é a prova de que a filosofia budista se baseia em uma mentira. Tudo é impermanente uma ova.

Por falar em coisas que não se movem, eu fui obrigada a estudar o som nos últimos tempos e, ao contrário deste blog, o som é apenas capaz de registrar aquilo que se movimenta. No caso do rádio, é possível transmitir os passos de alguém, a decolagem de um avião ou o estouro de uma manada de búfalos. Mas não é possível tocar o som de uma pedra, uma cadeira ou uma pessoa parada em uma esquina. Uma das idéias que eu coloco na minha monografia in progress (que não é nem de perto o ponto central, mas não convém ficar por aí desperdiçando idéias) é que este é um dos pontos de aproximação entre rádio e jornalismo, já que o jornalismo também se ocupa apenas de acontecimentos e não de situações permanentes.

Mas, reconheço, isso não interessa a ninguém. O que pode interessar são as pequenas coisas com as quais venho me deparando nesse mergulho no universo do som (todas pedem um fone de ouvido, ou não tem graça nenhuma). Muitos já devem conhecer o corte de cabelo virtual, que, em todas as audições que eu já presenciei, provocou risos, arrepios e admiração. Aqui, aqui e aqui há uma série de ilusões sonoras bastante curiosas que pregam peças no seu, no meu, nos nossos cérebros constantemente buscando reconhecer o mundo. Em um site para turistas de Hong Kong, gravações registram os sons da cidade, como os do mercado público ou um restaurante típico. Por fim, minha mãe me enviou esses dias um e-mail falando do Órgão do Mar, na Croácia. A administração local quis promover algumas intervenções no espaçu público e criou este órgão natural controlado pelas ondas do mar. Não é Bach, mas ganha na paisagem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nas Artes 'Visuais', o som também vem sendo muito estudado e trabalhado em conjunto, em algum trabalho ou numa exposição por exemplo. Também rola o conceito de apropriação, tornar próprio. Na real, é a tal da interdisciplinaridade!

Beijo!

rafa.

Julia Dantas disse...

hmm, fale mais sobre isso... eu não tinha me ligado, mas realmente tem muitas instalações com som. aliás, como vocês vão chamar agora? artes sensoriais?