terça-feira, 6 de maio de 2008

Nada escapa à era eletrônica

A Cris Stereoplásticos Teixeira me apresentou outra opção de planta (provavelmente desconfiada da minha capacidade de cuidar dessa) que se classifica dentro do que ela chamou de "jardinagem clubber" e não poderia haver termo melhor. A planta eletrônica vem com sensores digitais que indicam níveis de temperatura, água e oxigênio para que o leigo atrapalhado não afogue nem torre sua plantinha. A princípio eu fiquei meio com o pé atrás com essa tecnologia toda, mas depois fiquei pensando que, se é para ser assim, já podia colocar ali um relógio, uma caixinha de som e um cubo mágico.

Encontrado aqui, idéia deles

Forçando um pouco a barra - mas nem tanto - poderia dizer que o espécime aí de cima não deixa de ser uma planta ciborgue, que integra um mecanismo tecnológico a um corpo biológico. Aliás, lembro das aulas de Cibercultura nas quais o ciborgue era um personagem tão presente que era como se fosse um colega de classe (o Ciborgue levanta o dedo e pede para ir ao banheiro), e a discussão mais em pauta era até que ponto a gente aceitaria ser máquina. Poucos recusariam uma prótese de braço ou perna, mas havia quem torcesse o nariz para a possibilidade de pele sintética ou órgãos de plástico. Eu nunca me incomodei muito. Forçando a barra - mas nem tanto - se alguém que destroça os ossos do pulso é recauchutado com pinos de titânio, porque um hemofílico não deveria substituir seu sangue por um artificial, se pudesse?

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