Agora que não estou mais no festival trabalhando desde o momento que botava o pé pra fora da cama até voltar destruída pro hotel, posso completar os recados gramadenses. Numa entrevista relâmpago que fiz com o Paulo Betti ele disse que era defensor do portunhol selvagem. Gostei da expressão, fiz uma notinha e colocamos no Diário do Festival. De volta a Porto Alegre, descubro que o portunhol selvagem existe de verdade (se tivermos como sentido de "existência" o fato de que o termo foi cunhado, conceituado e apresentado em manifesto).
Então, eis aqui, o portunhol selvagem. Ontem, o Globo fez uma matéria sobre. Já a Folha cantou a pedra no fim de 2007. Mas a coisa toda parece que começou um pouco antes, quando Douglas Diegues, Joca Reiners Terrón e Xico Sá apresentaram o portunhol na Festa Literária de Porto de Galinhas. Eu gostei da idéia.
Os tais orangotangos, vocês poderão conhecer em breve nos cinemas. O poeta de Gramado é o sujeito que, ano passado, invadiu o palco no meio da cerimônia de entrega dos Kikitos. A história de honrar o juramento foi porque demos ouvidos a ele, que estava protestando com um megafone na frente da Calçada da Fama, projeto criado por ele e que a prefeitura colocou em prática sem creditar e transformando a coisa numa espécie de altar de vaidades políticas. Foi curioso e, por pouco, eu e a Juliana, que estava do meu lado fazendo as fotos, não dissemos que nosso juramento tinha apenas uma semana de vida. Mas no quesito “caimento de fichas”, acho que a noção de que sou jornalista merrrmo veio de olhar para o crachá escrito Imprensa e me dar conta que, pela primeira vez, não estava no pescoço de uma estagiária, mesmo que meu nome estivesse errado e, por alguns dias, eu tenha me chamado Julia Dantos.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
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